A ÚLTIMA MÚSICA
Hollywood anda encantada com os livros de Nicholas Sparks. Suas histórias já deram origens aos filmes Querido John, Noites de Tormenta, Diário de uma Paixão e Um Amor Para Recordar. Agora, é a vez de A Última Música.
O tom deste longa protagonizado pela estrela adolescente Miley Cirus é o mesmo. Emoção, jornada de transformação do herói, novas portas de diálogos abertas. Histórias ambientadas em bonitas e “inocentes” cidades pequenas dos Estados Unidos.
O problema das versões cinematográficas dos livros Sparks geralmente recai sobre as costas do diretor. Todos têm o costume de pegar uma história que trabalha o sentimento e puxar ao máximo essa característica, com direito a repetir diversos clichês.
Em A Última Música, Ronnie (Miley) é uma adolescente urbana que vai passar o verão com seu pai ausente, Steve Miller (Greg Kinnear), em uma pequena cidade sulista. A música é única conexão entre pai e filha e, talvez, a última chance para diminuir o abismo entre eles.
Existe uma lista extensa de filmes sobre redenção bem superiores a este. Atuações sem brilhantismo e direção discreta, A Última Música é mais um produto vindo da mesma fôrma de produção. Trocam-se apenas a estrela, a locação a direção. A essência, a estrutura e a mensagem são sempre as mesmas. Simplesmente irritante essa sequência de filmes idênticos.