A VIAGEM DE LUCIA
Belas e descoladas, Lea (Francesca Inaudi) e Lúcia (Sandra Ceccarelli) são duas mulheres totalmente diferentes entre si. Lea trabalha numa avicultura, cheira a galinha (no caso, literalmente) e tem a liberdade de espírito desenvolvida o suficiente para se abrir a novas possibilidades na vida.
Já Lúcia (Sandra Ceccarelli) é uma mulher casada, mais, digamos, “assentada” na vida, mas que carrega sempre um olhar distante e uma alma entristecida. O encontro entre as duas abrirá as portas de mais um filme sobre os famosos opostos que se atraem, tema dos mais recorrentes no cinema.
Não há exatamente grandes novidades nesta A Viagem de Lúcia. Coproduzido por Itália e Argentina, o filme segue as linhas convencionais de vários outros roteiros que se propuseram a contar histórias sobre pessoas que mudaram seus destinos ao terem suas vidas entrelaçadas por outras pessoas que, em condições normais, jamais se proporiam a conhecer.
Há, porém, méritos de uma direção eficiente que sabe manter o interesse pela trama, mesmo quando ela sinaliza que percorrerá por caminhos já conhecidos.
Toques de sofisticação estética fazem com que o filme vez por outra flerte com o estilo publicitário, transformando-o num entretenimento razoável, indicado para ser visto naqueles momentos em que os olhos desejam ser mais satisfeitos que o cérebro.