ATRAÇÃO SEM LIMITE
Existem filmes que nem deveriam ser lançados nos cinemas. São títulos sem grandes atrativos, convencionais, muitas vezes com elenco pouco conhecido e roteiro previsível. É o caso, por exemplo, do suspense Atração Sem Limite, que estréia neste fim de semana. Não há nada nele que justifique o preço de um ingresso de cinema.
A trama – rasa como um pires – mostra o psiquiatra Phill (Jeff Fahey) que tenta reabilitar o psicopata Sean (Josh Holloway). Por caminhos tortuosos, Sean acaba se envolvendo com a produtora cinematográfica Linda (Nastassja Kinski), ninguém menos que a esposa de Phill. Este estranho encontro não poderia ser apenas uma mera coincidência.
Pior que a fragilidade do roteiro é a total ausência de clima de Atração Sem Limite. O diretor Dennis Dimster não consegue provocar nem suspense, nem medo, nem pânico, o que é imperdoável para um filme que pretende ser um thriller. Até nas cenas de sexo fica evidente a utilização de dublês de corpo, o que quebra qualquer eventual sensação erótica.
Talvez funcione melhor em vídeo. Na tela grande, o filme é totalmente descartável.
21 de agosto de 2001
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Celso Sabadin é jornalista e crítico de cinema da Rede Bandeirantes de Televisão, Canal 21, Band News e Rádio CBN. Às sextas-feiras, é colunista do Cineclick. celsosabadin@cineclick.com.br