CHUNHYANG - AMOR PROIBIDO
Premiado nos festivais do Havaí e de Singapura e selecionado para concorrer à Palma de Ouro em Cannes, o filme sul-coreano Chunhyang - Amor Proibido entra em cartaz no Brasil neste fim de semana.
A história se passa no final do século 18, quando Mongryong (Seung-woo Chu), filho do governador da província de Namwon, se apaixona perdidamente por Chunhyang (Yi Hyo Jeong), filha de uma cortesã. Porém, pelas leis locais, a filha de uma cortesã deverá sempre seguir a profissão da mãe e jamais poderá se casar com um nobre. O casal decide manter a paixão em segredo, o que trará terríveis conseqüências no futuro.
Histórias de paixões avassaladoras e amores incondicionais tendem a emocionar as platéias mais românticas. Mesmo com o risco de serem piegas e esbarrarem na falta de inventividade. Em Chunhyang - Amor Proibido não seria diferente. A trama, porém, é favorecida por uma caprichada direção de arte, em que a reconstituição de época e os figurinos saltam aos olhos. Por outro lado, o grande problema do filme – pelo menos para o gosto ocidental – é sua narração, feita aos berros e uivos por um cantor do teatro tradicional coreano. Sua voz e sua entonação podem ser apreciadas pelo público oriental, mas aos nossos ouvidos o filme tem longos momentos de insuportável tortura auditiva.
Chunhyang - Amor Proibido faturou US$ 800 mil nas bilheterias dos EUA, o que não é pouca coisa para um filme legendado naquele país tão fechado às novidades internacionais.
28 de agosto de 2001
____________________________________________
Celso Sabadin é jornalista e crítico de cinema da Rede Bandeirantes de Televisão, Canal 21, Band News e Rádio CBN. Às sextas-feiras, é colunista do Cineclick. celsosabadin@cineclick.com.br