CORRENDO ATRÁS
Existem filmes tão vazios e tão previsíveis que nem conseguem ser ruins. São apenas... vazios e previsíveis. É o caso de Correndo Atrás, romancezinho adolescente ambientado – outra vez – nos corredores de uma escola.
Rasa como um pires, a trama fala de dois jovens casais tipicamente americanos. De um lado, o simpático garotão Ryan (Shane West), que nutre uma paixão platônica por Ashley (Jodi Lyn O´Keefe), a gostosona da escola. Do outro, o malandrão Chris (James Franco), que está muito afim de Maggie (Marla Sokoloff), que por sinal é a melhor amiga de Ryan. Para se aproximar de Maggie, Chirs pede o apoio de Ryan. E em troca ele promete ajudá-lo a conquistar a fogosa Ashley. O problema é que Ryan, o bom moço, está repleto de boas intenções para com Ashley, enquanto Chris só quer Maggie para transar. Não é preciso ter Q.I. de dois dígitos para perceber que, no final, os casais serão trocados. Nada mais acontece. Correndo Atrás é morno, sem atrativos, igual ou talvez até um pouco pior que todas as dezenas de outros filmes que já foram feitos dentro do mesmo tema.
Resta um consolo: o filme, pelo menos, não tem as baixarias tipo American Pie tão comuns em outras produções feitas para adolescentes. Mesmo assim, seu fracasso nas bilheterias americanas foi gritante: ele arrecadou pouco mais da metade dos US$ 15 milhões que custou. Pode ter melhor sorte em vídeo.
Curiosidade: este é o segundo trabalho de David Raynr como diretor. Mais conhecido como ator em filmes de TV, ele fez, entre outros, o papel de Sammy Davis Jr. na minissérie Sinatra.
18 de dezembro de 2000
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Celso Sabadin é jornalista especializado em cinema desde 1980. Atualmente é crítico de cinema da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão e do Canal 21. Às sextas-feiras é colunista do Cineclick. celsosabadin@cineclick.com.br