DIAS E NOITES
Dirigido por Beto Souza, Dias e Noites é produzido e protagonizado por Naura Schneider, resultado de um trabalho de mais ou menos sete anos. O resultado não é dos melhores: por mais que seja importante tocar na questão da violência doméstica, a personagem principal é fraca e sem propósitos.
Atravessando três décadas, seguimos a trajetória Clotilde (Naura), mulher passa por uma série de abusos não somente físicos, mas principalmente morais, vindos dos homens com os quais se envolve. O longa é adaptação de livro escrito por Sergio Jockymann, que, por sua vez, inspirou-se em história real para a construção da publicação.
Apostando numa visão machista, ao invés de tentar mostrar a possível força da personagem principal, Dias e Noites mostra sua fraqueza e fragilidade. Cinematograficamente, o longa é fraco, com uma direção quase juvenil, uma montagem sem pé nem cabeça e um roteiro tão sem sentido quanto. Há lá alguns rompantes de inspiração em rápidos enquadramentos, mas, no geral, impera uma cafonice que faz rir mais do que emocionar.