ENSINANDO A VIVER
Sabe aqueles filmes sobre superação e aprendizado que sempre passam nas matinês televisivas? Ensinando a Viver é mais um deles. Sensível e dramático, o longa cumpre de forma eficaz a proposta de se tornar um drama emotivo, sensível e com grandiosas lições de moral.
John Cusack (sempre competente ao construir personagens carismáticos e esquisitos) interpreta David. Seus traumas de infâncias o ajudaram a ser um bem-sucedido escritor de livros de ficção científica para os pequenos. Ainda tentando lidar com as emoções relacionadas à morte da mulher, ele resolve adotar uma criança tão especial e imaginativa quando ele. Dennis (Bobby Coleman) é um menino abandonado pelos pais que vive no orfanato administrado por Sophie (Sophie Okonedo). Sua excentricidade está no fato dele acreditar ser um marciano em missão na terra. Dennis odeia o sol e se esconde dentro de uma caixa de papelão. Evidentemente, uma criança assim nunca seria aceita socialmente e é exatamente nesse ponto que David tenta ajudá-lo. Mas o que ocorre (surpresa!) é a superação das dificuldades emocionais de ambos os personagens igualmente outsiders, cada um à sua maneira.
Ensinando a Viver tem como armas os elementos essenciais para tocar os sentimentos do espectador: um protagonista carismático, uma criança adorável, a irmã sabichona (vivida por Joan Cusack, irmã de John na vida real), uma história de superação e uma boa dinâmica entre os personagens. É um filme pequeno, modesto, de certa forma previsível e sem pretensões. Ensinando a Viver é competente ao emocionar o público, mas não espere muito mais do que isso.