ESCRITO NAS ESTRELAS
Não basta ser comédia romântica para fazer sucesso. Não basta ter bons atores nem belas locações. Não basta ser “bonitinha”: é preciso uma boa história a ser contada. O que certamente não acontece no descartável Escrito nas Estrelas, um filme repleto de boas intenções, mas que cai no esquecimento no primeiro pedaço de pizza que se morde após a sessão de cinema.
Às vésperas do Natal, Jonathan (John Cusack) e Sara (Kate Beckinsale, de Pearl Harbor) disputam um presente na tradicional loja Bloomingdale’s. Papo vem, papo vai, surge uma atração entre ambos, mas eles preferem deixar o desenvolvimento – ou não – do romance nas mãos do acaso, anotando seus telefones nos mais improváveis pedaços de papéis. Se o destino permitir que os telefones certos caiam nas mãos certas, isso seria um sinal que eles foram feitos um para o outro. Caso contrário, eles jamais se veriam novamente. Será que é preciso dizer o que acontece? Este é o grande problema do roteiro escrito pelo estreante Marc Klein: previsibilidade total. Por mais que o diretor Peter Chelson (de Sempre Amigos) se esforce, o filme não decola.
4 de dezembro de 2002
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Celso Sabadin é jornalista e crítico de cinema da Rádio CBN. Às sextas-feiras, é colunista do Cineclick. celsosabadin@cineclick.com.br