GAROTO CÓSMICO
Primeiro longa-metragem de animação dirigido por Alê Abreu, Garoto Cósmico é uma produção indicada estritamente ao público infantil. Com uma trama permeada por elementos de ficção científica, a animação ganha generosas pinceladas de cores e música, agradando aos pequenos espectadores.
A história é ambientada num universo totalmente idealizado, onde os planetas são divididos e nomeados de acordo com seus habitantes. Cósmico, Luna e Maninho vivem no Planeta das Crianças. Lá, num cotidiano totalmente automatizado, controlado por máquinas e relógios, eles vivem entre atividades para acumular pontos e torná-los aptos a habitarem o Planeta das Crianças Adultas. Acidentalmente, eles são enviados para um planeta que tem formato de mexerica, onde conhecem o mágico circo apresentado por Giramundos (voz de Raul Cortez em seu último trabalho feito para o cinema). O simpático personagem lhes apresenta um mundo cheio de cores, até então inéditas nas vidas dos pequenos protagonistas.
Povoado por figuras engraçadas, das formas e cores mais variadas, o circo conduzido por Giramundos mostra não somente a diversão ao trio de crianças, mas, principalmente, abre seus olhos diante da possibilidade da diversificação de suas opções. Eles passam a questionar se aquele cotidiano limitado, extremamente controlado, vazio e cinza é o melhor para eles.
Repleto de cores, música movimentos, personagens simpáticos e muito bem-construídos, Garoto Cósmico tem uma didática que funciona junto às crianças. A animação é realmente linda, de traços limpos e bem desenhados, ajudando a tornar o longa uma excelente opção aos pais que querem aproveitar no cinema, ao lado dos filhos, os últimos momentos das férias escolares.
Em tempo: Garoto Cósmico ainda traz a voz de Wellington Nogueira (fundador do grupo Doutores da Alegria, cujo trabalho foi retratado no documentário homônimo), além dos cantores Vanessa da Mata e Belchior, que interpretam canções da animação, ao lado de Arnaldo Antunes.