GODZILLA
GODZILLA
Lembra do Godzilla de 1998, aquele dirigido por Roland Emmerich? Pois é, esqueça. Esta nova versão, sob o comando do inglês Gareth Edwards (Monstros), não vai fazer de sua ida ao cinema uma experiência frustrante. O filme traz ótimas cenas do famigerado gigante japonês em ação.
A história começa numa usina nuclear japonesa onde o engenheiro norte-americano Joe Brody (Bryan Cranston) e sua esposa Sandra (Juliette Binoche) trabalham. Um grave acidente ocorre e dedica-se a elucidar a causa da catástrofe, que acredita não ter sido motivada por um terremoto. O filme dá um salto temporal e chega aos dias atuais. Brody, ainda obcecado em provar sua tese, se junta ao filho Ford (Aaron Taylor-Johnson) e ao cientista Ichiro Serizawa (Ken Watanabe) na missão.
Não fica claro para onde a história está se dirigindo, o que gera certa imprevisibilidade incomum em blockbusters. E isso é muito bom. Toda a trama envolvendo os humanos acaba funcionando como preâmbulo para a chegada sencacional dele, Godzilla.
O design do personagem é ótimo, remetendo aos originais japoneses. O pessoal dos efeitos especiais também conseguiu imprimir personalidade e fúria, muita fúria, a Zilla, o que faz do Godzilla de Emmerich uma lagartixa de borracha. As cenas de luta entre os monstros são realistas e empolgantes e o cenário de devastação deixado pelos gigantes consegue gerar impressão real de catástrofe.
O personagem criado em 1954 merecia um filme minimamente decente feito com os recursos tecnológicos atuais. Tinha direito inclusive a um desagravo depois do filme de Emmerich. Gareth Edwards com seu Godzilla conseguiu resgatar o prestígio do veterano lagartão.
Em tempo: assistir numa sala IMAX e em 3D faz diferença neste filme. Não hesite em gastar uns reais a mais.