MARIE-JO E SEUS DOIS AMORES
A Marie-Jo do título (Ariane Ascaride, esposa do diretor na vida real) é uma mulher de meia-idade, aparentemente feliz, casada com Daniel (Pierre Darroussin), um empresário do ramo da construção. Tudo seria perfeito se ela não tivesse se envolvido Marco (Gerard Meylan), capitão de um barco. Dúvidas, traições e problemas existenciais típicos do cinema francês são abordados com simplicidade, extensos diálogos e algumas doses de erotismo. São pessoas comuns envolvidas em problemas cotidianos, sem a típica glamourização falsificada dos produtos de Hollywood.
Sem retoques, cru, Marie-Jo e Seus Dois Amores é um sensível painel sobre o amor, a realização pessoal e algumas crises que assolam a meia-idade. O trio central de atores e o diretor já haviam atuado juntos em A Cidade Está Tranqüila.
Marie-Jo e Seus Dois Amores participou da mostra competitiva do Festival de Cannes deste ano, mas não foi premiado.
26 de outubro de 2002
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Celso Sabadin é jornalista e crítico de cinema da Rádio CBN. Às sextas-feiras, é colunista do Cineclick. celsosabadin@cineclick.com.br