O PRAZER É TODO MEU
Muitas vezes é difícil tentar entender o pensamento e as estratégias das distribuidoras de cinema do Brasil. Por exemplo: o que leva uma empresa a lançar nas telas brasileiras uma comédia tão fraquinha, tão sem graça e tão sem atrativos como esta? Talvez alavancar as futuras vendas em DVD, nada mais.
De qualquer maneira, não vale a pena pagar os altos preços dos nossos ingressos para acompanhar a história de Louise (Marie Gillain), uma jovem francesa liberada, impetuosa e avessa a qualquer tipo de relacionamento sério. Certo dia, de repente e não mais do que de repente, ela perde totalmente seu apetite sexual. Entra em pânico e tenta a todo custo descobrir os motivos que a levaram a isso. Não espere explicações : elas não virão.
O Prazer é Todo Meu é apenas uma incursão superficial e falsamente liberal no universo da sexualidade feminina. Mas não funciona nem como comédia, nem como sátira social... Na verdade, como nada. Um filme sobre mulheres, escrito e dirigido por mulheres, deveria tratar seu público com mais inteligência. Quem sabe no vídeo a distribuidora recupere o investimento.