OS FLINTSTONES EM VIVA ROCK VEGAS
OS FLINTSTONES EM VIVA ROCK VEGAS
Regrinha básica de Hollywood: para ser sucesso, uma seqüência deve (1) ser bem melhor que o filme original ou (2) pelo menos apresentar muitas novidades em relação ao primeiro episódio. Os Flintstones em Viva Rock Vegas consegue não cumprir nenhum destes dois mandamentos. O resultado é um filme morno, beirando o aborrecido, sem novidades nem atrativos. Não poderia ser diferente. Afinal, o primeiro episódio já não era lá grande coisa, e se sustentava apenas pelo fator novidade e pela excelente interpretação de John Goodman que praticamente encarnou Fred Flintsone. Nesta continuação, a novidade já não existe mais, e todo o elenco original foi substituído por nomes inexpressivos. Mal costurado e sem criatividade, o roteiro também não ajuda, mostrando como Fred e Barney teriam conhecido Wilma e Betty. Quem diria? Wilma era uma patricinha pré-histórica, antes de apaixonar pelo brutamontes Fred e trocar seu belo padrão de vida por uma casinha de pedra nos subúrbios de Bedrock. Nem a mãe de Wilma, vivida pela elegante Joan Collins, consegue convencer no papel, já que no desenho ela era grande e gorda.
Enfim, um grande equívoco de US$ 58 milhões que faturou menos de US$ 40 milhões nas bilheterias norte-americanas.
Curiosidade de bastidores: Mel Blanc, criador de vozes históricas como as de Pernalonga, Patolino e Gaguinho, entre muitas outras, está creditado no filme como a voz de Dino, mesmo onze anos depois de sua morte. Explica-se: Os Flintsotnes em Viva Rock Vegas utilizou-se de gravações feitas por Mel ainda nos desenhos originais dos anos 60. Coisas da tecnologia.