TUDO BEM, ATÉ LOGO
Os filmes franceses são famosos por mostrarem "pedaços da vida", pequenos e singelos retratos do cotidiano que muitas vezes não seguem os tradicionais roteiros formais com "começo, meio e fim". Tudo Bem, Até Logo é mais um claro exemplo deste estilo tipicamente francês.
A trama mostra as irmãs Laurie (a já veterana Miou Miou, de As Loucas Aventuras de Rabbi Jacó), Béatrice (Sandrine Kmberlain) e Claire (Natacha Régnier, revelação de A Vida Sonhada dos Anjos) que levam suas vidas até certo ponto tranqüilas, na cidade de Lyon. O pacífico cotidiano das três é abalado repentinamente com a inesperada visita do pai delas, Louis (o veterano Michel Piccoli, com quase 200 filmes em sua carreira), desaparecido há 15 anos. Cada irmã vai reagir ao fato de maneira diferente e muito particular.
Escrito e dirigido com extrema sobriedade por Claude Mouriéras, o filme tem o grande defeito de não emocionar. Apesar do ótimo desempenho de todo o elenco, tudo se passa na tela de forma fria, distante, sem conseguir arrebatar o interesse do espectador. Um trabalho apenas burocrático, dispensável.
29 de outubro de 2001
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Celso Sabadin é jornalista e crítico de cinema da Rádio CBN. Às sextas-feiras, é colunista do Cineclick. celsosabadin@cineclick.com.br