Morgan Freeman achou mais fácil interpretar Deus do que Nelson Mandela
Retratar uma pessoa real em um filme pode gerar bastante pressão para os atores, mas essa tensão fica ainda pior quando o personagem retratado está literalmente sentado no set, observando tudo. Alguns atores são escolhidos para biografias por semelhanças físicas. Outros, devido às suas habilidades como ator, dançarino ou cantor.
Astros que interpretam pessoas reais enfrentam o dilema de ter que escolher entre fazer uma imitação direta da pessoa ou captar sua essência. Qualquer uma dessas escolhas pode ser extremamente difícil de encarar e, muitas vezes, o persoangem se torna um dos trabalhos mais complexos da carreira desses atores.
Confira essa lista com comentários dos atores sobre personagens que interpretaram:
Morgan Freeman como Nelson Mandela
Morgan Freeman disse que "Interpretar Deus não é um desafio em comparação com viver Nelson Mandela" no filme Invictus, de Clint Eastwood. "Quando você conhece Mandela, sabe que está na presença da grandeza", lembrou Freeman. O longa rendeu uma indicação ao Oscar ao ator. Mandela teve um papel fundamental na Copa do Mundo de Rugby em 1995, na África do Sul. A vitória da seleção nacional, incentivada por ele, foi bastante significativa para unir o país após o fim do regime do apartheid.
Tom Hanks como Charlie Wilson
Tom Hanks revelou que o verdadeiro Wilson era intimidador. "Ele é muito mais alto do que eu. Tem cerca de 1,80 metro e uma voz incrivelmente profunda e queixo quadrado, embora ele use aparelho e botas de cowboy roxas. Então, é um tipo estranho. Ele era tão encantador que todas as mulheres do escritório disseram: 'Oh, oh, ele tem alguma coisa' Eu disse: "Bem, você pode me explicar o que é para que eu possa ter um pouco disso? E elas olharam para mim e disseram: 'Oh Tom, você nunca vai ter isso. Então, eu disse que fingiria quando chegasse a hora". Jogos de Poder narra a história real do deputado americano Charles Wilson (Hanks), que, no início da década de 1980, juntou esforços com a CIA, para patrocinar os mujahidin afegães em sua resistência à ocupação soviética do Afeganistão.
Angela Bassett como Tina Turner
Angela Bassett conheceu Turner no set. "Ela veio e fez minha maquiagem e foi totalmente solidária. Ela era minha maior fã." Apesar da ajuda de Turner, Bassett descobriu que uma das partes mais difíceis de sua transformação era sua aparência física, inclusive fazer um show com saltos altos. O longa Tina - A Verdadeira História de Tina Turner mostra a ascensão da cantora ao estrelato e como ela ganhou coragem para se libertar de seu marido abusivo.
Jamie Foxx como Ray Charles
Músico e pianista talentoso, Jamie Foxx era perfeito para interpretar Ray Charles. Embora o músico tenha falecido logo após Foxx terminar as filmagens, eles se encontraram na pré-produção. "As primeiras palavras que ele me disse foram: 'Vem cá, garoto'. Ele me agarrou, verificou minhas mãos e disse: 'Oh sim, eu amo isso. Tem aqueles dedos fortes.'". Foxx se juntou a Charles em seu piano enquanto os dois tocavam canções de blues. "Ele dizia: 'Jamie, se você pode tocar blues, pode fazer qualquer coisa'", lembra Foxx. "Ele teve a chance de ver um corte bruto do longa, então de certa forma ele pegou suas flores antes de partir", lembrou Foxx. Na trama, conhecemos a turbulenta história do gênio musical, deficiente visual desde a infância.
Joaquin Phoenix como Johnny Cash
Joaquin Phoenix disse que conheceu Johnny Cash doente e abalado, mas que o músico insistiu em tocar guitarra para ele: "No momento em que ele tocou o instrumento, a tremedeira parou". Esse foi um dos trabalhos mais intensos para o ator. "Foi um dos maiores trabalhos que já tive. Aqui estava eu meio que descobrindo Johnny Cash do início dos anos 50, então eu realmente não sabia nada sobre ele. Eu realmente não sabia sobre a música ou sua vida pessoal, então foi um processo interessante. Com qualquer personagem, a qualquer momento, você aprende muito sobre eles." A trama conta a história do lendário cantor.
Robert De Niro como Jake La Motta
"Eu li as memórias de Jake La Motta", disse Robert De Niro. "Não era um grande livro, mas havia algo nele, um ponto de partida, se você quiser." A partir daí, colocar a história de La Motta na telona tornou-se quase uma obsessão para o ator. La Motta originalmente queria interpretar a si mesmo no filme, mas ele concordou em ajudar De Niro a treinar. "Ele dizia: 'Bata em mim, não se preocupe, não se preocupe'", lembra De Niro. O filme acompanha a trajetória do polêmico lutador de boxe.