Filmes mudos

Desde o início da história do cinema, quando   Georges Méliès começou a exibir filmes em 1896, o grande desafio era sincrozinar som e imagem, o que só ocorreu na década de 1920. Até lá, durante 30 anos, as produções eram acompanhadas de música ao vivo, narrações e até efeitos especiais. Selecionamos aqui dez filmes que marcaram a era do cinema mudo, a começar por O   Nascimento de uma Nação , de D.   W. Griffith, que, apesar da extrema popularidade que ganhou na época, também rendeu muita polêmica pelos temas que abordou: escravatura, segregação racial e a Ku Klux Klan.

Com o surgimento de Hollywood, destacaram-se gênios da comédia, como Charles Chaplin e seu inesquecível Carlitos. Tempos Modernos foi o último filme mudo do cineasta inglês, que, apesar de não ter diálogos, conta com música e efeitos sonoros sincronizados.

Outro gênio da comédia foi Buster Keaton. Seu último longa-metragem, A General , era considerado por ele como seu favorito.

Na Europa, O   Gabinete do Dr.   Caligari , do diretor Robert Wiene, é um dos melhores representantes do expressionismo alemão, ao lado de Nosferatu e...

... e Metrópolis   (1927), de Fritz Lang.

Na Rússia, O   Encouraçado Potemkin , clássico de 1925 de Sergei Eisenstein, inovou na técnica de montagem.

Asas , de William A. Wellman, foi o primeiro filme a ganhar o Oscar da categoria, em 1929.

Minha Rainha , filme inacabado de Erich Von Stroheim, por causa dos altos custos de produção, teve um trecho utilizado em Crepúsculo dos Deuses , representando a fase muda da carreira de Norma Desmond (Gloria Swanson).

O   Locatório , considerado pelo mestre do suspense, Alfred Hitchcock,como seu primeiro filme "de verdade", também foi o primeiro em que o diretor londrino fez uma ponta.

Nosso representante brasileiro, Limite , de Mário   Peixoto, foi eleito o Melhor Filme Brasileiro da História por enquete realizada pela Folha de S. Paulo.