<p>Relembre o que o ator de Batman fez no cinema at&#xE9; interpretar o protagonista de Birdman.</p>

1992 -   Batman - O Retorno   (Bruce Wayne) . Muitos podem não aprovar, mas é inegável que a atuação de Keaton como Homem-Morcego marcou uma geração de fãs de quadrinhos, no filme de Tim Burton  de 1989. Caso contrário, não estaríamos falando disso nesse momento. Em um projeto inovador para época, ele vestiu mesmo a capa e o capuz do herói  e ajudou a imortalizar a frase "eu sou o Batman" (I'm Batman) no cinema. Em 1992 repetiu o papel em Batman – O Retorno.

2004 – Herbie: Meu Fusca Turbinado   (Ray Peyton) . Mesmo distante das grandes produções, Keaton viu em Herbie: Meu Fusca Turbinado uma boa maneira de atrair os holofotes. Em uma versão mais moderna de Se Meu Fusca Falasse , em que um Fusca era um astro de corrida, Keaton interpretou um chefe de equipe que investia na carreira de piloto do filho. No entanto, sua caçula, Meg Peyton  ( Lindsay Lohan ), passa a demonstrar talento para corridas ao dirigir um carro velho, o que o deixa perturbado. Mesmo com uma atuação segura, ele não consegue impedir todos os problemas do filme.

2014 – Robocop   (Raymond Sellars) . Se existe um ano que podemos falar que Keaton deu uma virada na carreira o ano é 2014. Com poucos vilões em seu currículo,  Keaton  se revelou como um ótimo antagonista ao interpretar o dono de uma multinacional que pretende usar o novo Robocop como um herói nacional de guerra, no remake de Robocop - O Policial do Futuro . Dirigido pelo brasileiro José Padilha , Keaton é um dos destaques do longa.

2014 – Birdman Ou A Inesperada Virtude Da Ignorância (Riggan Thomson) . Mesmo se não levar o Oscar, Keaton nunca vai poder esquecer Riggan Thompson, afinal de contas, ambos tiveram problemas e agora tentam recuperar o prestígio no meio em que vivem. Com uma atuação magistral, Keaton elevou o patamar de sua carreira ao estrelar o longa dirigido por Alejandro González Iñárritu . Sua semelhança com o personagem, o fez voar alto na pele de um ator que busca recuperar a fama através de um peça de teatro e que, ao mesmo tempo, tenta lídar com uma voz mental que o orienta na hora de tomar decisões. É o grande favorito para vencer o Oscar em 2015. Sem dúvida, mostrou que merece levar a estatueta para casa.

1993 – Muito Barulho Por Nada   (Constamble Dogberry) . Um ano depois de pendurar a capa e o capuz do Homem-Morcego, Keaton fez parte de uma das adaptações de Sheakspeare mais bem sucedida financeiramente. O longa dirigido por Kenneth Branagh  faturou mais de US$ 36 milhões em todo o mundo.

1993 –   Minha Vida   (Bobby Jones) . No drama de Joel Rubin , Keaton fez par romântico com Nicole Kidman  ao interpretar um homem que descobre que vai ser pai e, ao mesmo tempo, que tem uma doença terminal. Sabendo que tem poucos dias de vida, ele resolve fazer um vídeo para se apresentar ao filho e acaba descobrindo muitas coisas sobre si próprio.

1994 –   O Jornal   (Henry Hackett) . Nessa comédia de Ron Howard, Keaton mostra como é a louca rotina de um editor chefe de um jornal diário. Ainda em evidência em Hollywood, o ator demonstra de forma bem humorada a dificuldade de administrar sua vida pessoal ao mesmo tempo em que tem o compromisso de dar a principal notícia do dia antes de todo mundo. Também estão no elenco Marisa Tomei , Robert Duvall , Glen Close  e Randy Quaid .

1994 –   Apenas Bons Amigos  (Kevin Vallick). Ainda em 94, Keaton viveu novamente um profissional de comunicação no longa de Ron Underwood . Ao lado de Geena Davis , deu vida a um redator de programas humorísticos, que se torna escritor de discursos políticos e se apaixona por uma colega da campanha do candidato da oposição. Um fato curioso é que nesse filme houve o primeiro "encontro entre Batman e Superman ", já que Keaton contracenou com Christopher Reeves , intérprete do Homem de Aço em Superman - O Filme .

1996 – Eu, Minha Mulher E Minhas Cópias  (Doug Kinney) . Ao lado de Andie Mcdowell , Keaton confirmou sua boa fase em Hollywood ao estrelar uma das comédias mais notáveis da década de 1990. Na história, ele vive Doug, um arquiteto que, ao sentir pressionado tanto na vida profissional quanto na pessoal, aceita fazer um clone para substituí-lo em algumas tarefas. No entanto, os acontecimentos fogem do controle e a vida de Doug fica ainda mais complicada.

1997 –   Jackie Brown  (Ray Nicolette). Novamente um grande produção, dessa vez no thriller policial de Quentin Tarantino ,  Keaton contracenou com grandes nomes do cinema, como Robert De Niro , Samuel L. Jackson  e Bridget Fonda . O longa é um tributo ao estilo dos anos 70, Blaxploitation. Em 98, repetiu o papel em Irresistível Paixão  de Steven Soderbergh .

1998 –   Uma Noite Mágica (Jack Frost) . Em outro projeto visto como grandioso na época, Keaton viveu no longa dirigido por Troy Miller  um pai que morre em um acidente de carro e retorna à vida na pele de um boneco de neve, para passar mais tempo ao lado do filho. Apesar de audacioso, o filme não caiu no gosto da crítica e do público e recebeu milhares de críticas negativas. Aqui foi o início da decadência do ator, afinal, não conseguiu emplacar nenhum de seus longas seguintes.

1998 –   Medidas Desesperadas   (Peter McCabe) . Já neste ótimo suspense de perseguição, Keaton vive um criminoso, condenado a pena de morte, que é o único que pode doar a medula para o filho de um policial ( Andy Garcia ). No primeiro momento, ele aceita fazer o transplante, mas ao chegar no hospital percebe que essa é a melhor oportunidade de fugir da prisão. As boas atuações de Keaton e Garcia seguram o clima de tensão da trama.

2002 –   Ao Vivo de Bagdá (Robert Wiener) . Com certeza, a experiência de já ter vivido um jornalista em O Jornal  e Apenas Bons Amigos  ajudou Keaton na empreitada de encarnar um produtor de telejornal, que busca conseguir as maiores histórias da Guerra do Golfo. No entanto, tudo isso não serviu para trazê-lo de volta aos holofotes de Hollywood. De qualquer forma, o longa é um bom documento para quem se interessa em saber o que acontece nos bastidores de uma cobertura de guerra.

2004 – Vozes Do Além   (Jonathan Rivers) . No suspense de Jeoffrey Sax , Keaton faz um arquiteto, que perdeu a esposa de maneira misteriosa, e tenta entrar em contato com ela através do EVP (Eletronic Voice Phenomeno), um método de voz eletrônica que permite ver o rosto de pessoas que já morreram. Se os anos 90 pareceram ser bem atrativos para o ator, a década seguinte o afastou da grande mídia, muito pelo longas ruins que participou. Esse é um exemplo. Roteiro apresenta graves flahas e sua atuação não convence.

2004 –   A Filha Do Presidente  (Presidente Mackenzie). Depois de já ser o Batman , Keaton se tornoi, na comédia de Forest Whitaker , o presidente dos Estados Unidos. Em uma história mamão com açúcar, que não traz nada de novidade,  Keaton vive o magnata americano que tenta lidar com o amadurecimento de sua filha, interpretada por Katie Holmes .

2006 –   O Último Golpe  (Ted Riker) . No suspense de Michael Caleo , Keaton interpreta um vendedor cínico que redescobre os prazeres da vida ao se apaixonar por Belisa  ( Amber Valletta ), uma bela moça que está noiva de Jamie  ( Brendan Fraser ), seu colega de trabalho. Aoesar do bom enredo, foi mais uma bola fora do ator, que não conseguia fugir da imagem  de seus grandes personagens da década de 1980 e 1990.

2006 – Carros   (Chick Hicks) . Ao lado de Owen Wilson , Keaton também participou da dublagem da notável história de John Lasseter . Como o principal rival de relâmpago McQueen (Wilson) , ele traz uma voz que remete a arrogância e o desprezo de seu personagem com as questões da vida. Em 2011, devido ao grande sucesso do primeiro filme, repetiu o trabalho em Carros 2 . Era o sinal que Keaton podia voltar atrair as atenções de Hollywood.

2009 –   Recém-formada  (Walter Malby). Na comédia estrelada por Alexis Bledel , Keaton dá vida ao pai de uma jovem que acabou de se formar na faculdade e tenta lutar com a dificuldade de arranjar o emprego dos sonhos. A[esar de trazer um tema atual, o longa não engrena e a atuação de Keaton não deslancha e não acrescenta em nada para a trama em si.  Rodrigo Santoro  também faz uma participação.

2010 – Toy Story 3   (Ken) . Mais uma dublagem em animação para a coleção de Keaton . Na terceira aventura de Woody, Buzz e companhia, Keaton  spube dar ao boneco Ken um ar debochado e caricato, o que o permitiu ser protagonista dos momentos mais engraçados do longa.

2010 –   Os Outros Caras  (Capitão Gene Mauch) . No meio de Mark Wahlberg , Samuel L. Jackson , Dwayne Johnson  e Will Ferrell , Keaton não consegue chamar tanta atenção no filme de Adam Mckay , onde interpreta um capitão de policia que orienta Allen e Terry em uma investigação. Papel de coadjuvante totalmente desnecessário para a carreira do ator.

2013 –   Presa Na Escuridão a (Hollander) . Depois de tantos anos, finalmente acertou ao fazer parte desse bom suspense de Joseph Ruben . Ao lado de Michelle Monaghan , Keaton vive um sádico que entra em um jogo mortal com a fotógrafa cega, Sara Taylor , para conseguir uma fortuna em diamantes roubados. Sua atuação convence ao explicitar a maldade de seu personagem.

Birdman Ou A Inesperada Virtude Da Ignorância  pode, enfim, coroar a carreira de Michael Keaton  e acabar com as desconfianças que o cercam. Depois de viver uma decadência de anos, o ator, com uma atuação estupenda, elevou o patamar de sua carreira ao trazer, no longa de Alejandro González Iñárritu , os dilemas de um artista que busca resgatar seu prestígio. Seu personagem e sua vida tem muitos aspectos em comum, talvez por isso a facilidade do ator em viver Riggan Thomson. Entenda melhor essa ligação relebrando papeis do ator depois de Batman, até o último longa do diretor mexicano. Confira!

Cineclick

Michael Keaton, de Batman a Birdman - Entenda a relação da carreira do ator com seu personagem

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