<p>Veja as melhores - e as piores - adapta&#xE7;&#xF5;es do escritor baiano na telona<br></p>

A segunda adaptação por Nelson Pereira foi bem inferior à primeira. Jubiabá vai ao tema de um negro que se apaixona por uma branca, o que, obviamente, era um escândalo na Bahia observada por Jorge Amado na época do lançamento do livro, em 1935.

Num momento que o cinema brasileiro esboçava uma reação da queda abrupta da produção entre 1989-94, Cacá Diegues fez Tieta do Agreste , filme que pegou carona no sucesso da telenovela. Foram 511 mil espectadores, um luxo para o cinema brasileiro em 1997. Comédia de belas paisagens, com Sonia Braga novamente no papel da heroína e música de Caetano Veloso. Uma boa diversão. Veja fotos de Tieta do Agreste .

Considerado o melhor romance de Jorge Amado, Quincas Berro D’Água teve muitos candidatos que tentaram adaptar a história para o cinema. Quem ficou com a missão foi Sérgio Machado ( Cidade Baixa ). Bom filme, especialmente por Paulo José, que interpreta o morto-vivo, e pelo elenco coadjuvante, os vagabundos, formado por Irandhir Santos, Flavio Bauraqui, Frank Menezes e Luís Miranda. Poderia ser mais anárquico por vezes e menos cioso de provocar efeitos em quem assiste, mas é uma adaptação digna. Quincas Berro D’Água está nos cinemas.

Neta de Jorge Amado, Cecília vai lançar em 2010 o drama Capitães da Areia , adaptação da obra homônima no período considerado romântico do escritor. Segundo a diretora, apesar de esbarrar no tema social, o filme vai fugir do tom de Cidade de Deus . Entrevistamos Cecília Amado durante as filmagens.

Alguém aí viu Jorge Amado no Cinema , curta-metragem de Glauber Rocha? Nem eu! Algo raro de encontrar, o documentário é o último filme do cineasta, que rodaria no ano seguinte A Idade da Terra . Glauber e Jorge Amado trocaram muitas correspondências, eis o trecho de uma delas: “Comecei o dia chorando a morte de Clarice (Lispector). [ Idade da Terra ] Está sendo feito como você escreve um romance. Cada dia filmo de dois a sete planos, com som direto, improvisado a partir de certos temas. (…) Estou, enfim, tendo a sensação de 'escrever com a câmera e com o som', tentando um caminho que fundiu a cuca do Jece (Valadão, ator) (…).”

Num momento em que o cinema baiano vivia uma efervescência – com direito ao surgimento de um tal de Glauber Rocha em 1962 –, foi lançada a primeira adaptação de Jorge Amado para os cinemas, Bahia de Todos os Santos (1961). Trigueirinho Neto dirigiu Geraldo Del Rey e Antonio Pitanga (que assinava Antonio Sampaio) na história ambientada na ditadura Vargas. Filme raríssimo de encontrar.

O francês Marcel Camus, que imprimiu um olhar extremamente romantizado em Orfeu , manteve o mesmo tom em Os Pastores da Noite . Com Grande Otelo e Antonio Pitanga no elenco, a história fala da perturbadora Otália, interpretada por Mira Fonseca, mulher que abala os homens.

Quincas Berro D'Água, mais uma adaptação cinematográfica da obra de Jorge Amado, chega aos cinemas. Separamos as melhores, e as piores, versões em filmes de seus livros. Você conhece todas? ( Por Heitor Augusto )

Como a gente gosta de coisa boa, resolvemos começar com Dona Flor e seus Maridos . O filme de Bruno Barreto, que tinha só 19 anos quando rodou o longa, fala sobre uma linda mulher (Sonia Braga) que se divide entre o marido vivo e o marido morto e ilustra como o cinema brasileiro já foi popular (no sentido de bilheteria) e extremamente sofisticado, tudo junto. Lançado em novembro de 1976, levou 10,7 milhões de pessoas ao cinema, numa época que a população brasileira era de 93 milhões. É a melhor adaptação de Jorge Amado que tem no roteiro e na liberdade os grandes trunfos. Saiba por que você deve assistir ao filme .

Sete anos depois de adaptar um trabalho de Jorge Amado, Bruno Barreto voltou à carga com Gabriela, Cravo e Canela . Não é perfeito como o filme anterior, mas ainda assim aproveita-se de toda a sensualidade de Sonia Braga e, de quebra, tem Marcelo Mastroianni na pele do turco Nacib. Eficaz no retrato da sociedade baiana, dos “bons cidadãos” aos “imorais”. Veja fotos de Gabriela, Cravo e Canela .

Um dos precursores do neorealismo no Brasil, Nelson Pereira dos Santos adaptou dois livros de Jorge Amado para o cinema. O primeiro foi Tenda dos Milagres , de 1977, cujo principal mérito é a aproximação sincera do candomblé. Mesmo com um roteiro confuso, Nelson tirou boas atuações de Hugo Carvana e Jards Macalé. Sabe qual foi o primeiro filme de Nelson Pereira?

Cineclick

Jorge Amado no cinema

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