<p>Separamos para voc&#xEA; os melhores personagens do ator. Confira aqui</p>

Ponto máximo da carreira do ator, A Cor do Dinheiro (1986), dirigido por Martin Scorsese ( Os Infiltrados ), marca a confirmação de um astro, pela primeira vez num filme verdadeiramente adulto. Scorsese foi muito esperto, e se aproveitou do jeitão de moleque mimado para construir um personagem espetacular se apoiando justamente nas fraquezas do ator, ainda inexperiente. (Por Sérgio Alpendre)

Trabalhando com outro grande diretor, Cruise rendeu muito bem, já com uma carga de serviços prestados ao cinema. Em De Olhos Bem Fechados , Stanley Kubrick ( O Iluminado ) também foi esperto o suficiente para explorar a persona de Cruise, no caso, seu ego do tamanho de um bonde, o que só fortalece sua queda moral e a chamada à realidade da personagem de Nicole Kidman ( A Feiticeira ) no final.

Cruise fez dois filmes com Steven Spielberg ( Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal ). Minority Report - A Nova Lei é certamente o melhor. O astro interpreta um policial num mundo futurista, em que o crime é combatido com a ajuda de um complexo aparelho tecnológico capaz de prever futuros crimes.

Muita gente torceu o nariz, e de fato Cruise tem momentos afetados em Missão Impossível I . No entanto, o diretor é Brian De Palma ( Guerra Sem Cortes ), que pode ser tudo, menos bobo. Mais uma vez a persona do ator é bem utilizada a favor do filme.

No terceiro melhor filme a contar com a atuação de Cruise, temos Michael Mann ( Miami Vice ) na direção. Trata-se de Colateral , no qual o ator interpreta um vilão. Jamie Foxx ( Ray ) é o motorista de taxi que se vê obrigado a levar o malvado para o crime, e a habilidade de Mann se encarrega de montar um verdadeiro show aflitivo. A interpretação de Cruise sugere que ele devia escolher mais papéis de bandidos.

Sob a batuta de John Woo ( Red Cliff ), Missão Impossível II explora ainda mais a afetação de Tom Cruise, o que combina bastante com o estilo maneirista do diretor de Hong Kong.

Entrevista com o Vampiro é a adaptação do sucesso literário de Anne Rice pelo diretor Neil Jordan ( Valente ), e conta com Brad Pitt ( O Curioso caso de Benjamin Button ) e Tom Cruise (este como o Vampiro Lestat) inspirados, além de marcar o primeiro brilho de Kirsten Dunst ( Maria Antonieta ) no cinema.

Pode-se argumentar que Questão de Honra é cinemão como se fazia antigamente, mas quem rouba todas as cenas em que aprece é Jack Nicholson ( Os Infiltrados ), não Tom Cruise. Este tem no máximo uma cena digna em que é humilhado pelo ator veterano e bonachão citado acima.

Mais uma parceria com Steven Spielberg ( Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal ), Guerra dos Mundos é irregular demais. Seus bons momentos dependem muito mais dos efeitos especiais do que de um Tom Cruise um tanto apático no papel de pai arrependido.

O bonitão novamente teve suas cenas roubadas por Dustin Hoffman ( Entrando Numa Fria Maior Ainda ) em Rain Man . Pudera, Hoffman interpreta um autista, e esse tipo de papel sempre vem a calhar quando o ator tem o seu carisma. mas Cruise, é bom que se diga, desempenha dignamente seu papel de escada dramática para Hoffman brilhar. Barry Levinson ( A Inveja Mata ), diretor limitado, consegue não atrapalhar os dois, o que já está bom demais.

Muito se falou de Trovão Tropical , de sua força como sátira política e blá blá blá, mas convenhamos, o filme é bem fraco. O que salva, vejam só, é um hilário Tom Cruise, bonachão, arrogante e com careca postiça. É um pequeno grande personagem perdido em um filme meia-boca.

Negócio Arriscado explora o playboy que há em Tom Cruise. Mas esse tipo de filme que tem bem a cara dos anos 1980 geralmente se vê com facilidade hoje em dia. Cruise, claro, está a um passo do patético, mas o filme de Paul Brickman, salvo falha na memória, tem seus momentos de graça.

Magnolia é um dos filmes mais pretensiosos do irregular Paul Thomas Anderson ( Sangue Negro ), mas alguns momentos são dignos de antologia. Entre eles, na minha opinião, não está a cena de acerto de contas entre o personagem de Cruise e seu pai, interpretado por Jason Robards. Devo reconhecer, no entanto, que o desempenho do nosso galã é acima da média, prejudicado pela mão pesada do diretor, que não conseguiu imprimir um verdadeiro tom dramático à cena.

Missão Impossível III , com direção de J.J.Abrams, decepciona geral quem esperava do diretor algo do nível de seu trabalho na famosa série televisiva 24 Horas . Cruise, para piorar, está bem ruim, a ponto de comemorarmos quando ele se disfarça de Philip Seymour Hoffman ( A Família Savage ). Pena que o disfarce dure tão pouco.

Em Jerry Maguire Tom Cruise até que tem seus bons momentos. mas a cena em que ele canta a música "Free Fallin", de Tom Petty, logo após abandonar o emprego estressante, é no mínimo constrangedora. E não é por culpa da canção.

É aquela velha história: Hollywood faz com que um americano aprenda técnicas de samurai e se torne o principal estrategista de uma batalha lutada pelos japoneses em O Último Samurai . Quão baixo podemos descer, ó, senhor do cinema?

Cineclick

Tom Cruise no Brasil

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