<p>Aproveitando a estreia de Para Roma com Amor&#xA0;separamos&#xA0;alguns filmes do diretor</p>

Vicky Cristina Barcelona é o 44º trabalho dirigido por Woody Allen em 42 anos, desde seu primeiro filme, What's Up, Tiger Lily? (1966), o terceiro protagonizado por Scarlett Johansson , apontada como a nova musa do cineasta. Filmada na Espanha, a comédia acompanha duas turistas norte-americanas de férias no país, onde se envolvem com um bonitão local e sua ex-mulher maluca.

Eleita pelo American Film Institute a segunda melhor comédia romântica já produzida, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977) ganhou o Oscar de Melhor Filme e é um dos mais aclamados filmes do cineasta. O longa narra o encontro e posterior desencontro entre o comediante e intelectual Alvy Singer (Allen) e a humilde Annie (Diane Keaton). Alvy é um humorista judeu e divorciado, que faz análise há mais de dez anos. Ele acaba se apaixonando por Annie, uma cantora em início de carreira com uma cabeça um pouco complicada. Em pouco tempo, eles estão morando juntos, mas logo depois o casal começa a ter crises conjugais.

Woody Allen é conhecido por usar muito de suas experiências pessoais para compor seus personagens. Seu curta-metragem na coletânea Contos de Nova York (1989) revela a influência de sua mãe em sua criação. Ele mesmo atua como um advogado que não consegue escapar da influência dominadora da mãe. Francis Ford Coppola e Martin Scorsese assinam as outras duas histórias deste projeto, todas ambientadas em Nova York, como o título revela.

Em 1986, Allen voltou a figurar nos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Holywood, apesar de notoriamente rejeitar a premiação. Hannah e suas Irmãs foi vencedor dos Oscars de Melhor Ator Coadjuvante (Michael Caine), Atriz Coadjuvante (Dianne Wiest) e Roteiro Original, por meio do qual acompanhamos subtramas em torno de Hannah (Mia Farrow, musa de Allen na época, além de ex-esposa do diretor) e suas duas irmãs, Holly (Dianne Wiest) e Lee (Barbara Hershey). O cenário, claro, é Nova York, num dos clássicos filmes do diretor.

Allen fez a fama ao dirigir comédias, mas engana-se quem acha que o diretor ficou restrito ao gênero. Interiores (1978) é um drama intimista, de direção contemplativa, sobre três irmãs, Renata (Diane Keaton), Joey (Mary Beth Hurt) e Flyn (Kristin Griffith), que se reencontram na casa de veraneio da família, onde têm de lidar com suas próprias frustrações e a decadência do núcleo familiar.

Filmado em preto e branco, belíssima forma de retratar a cidade de Nova York e sua arquitetura tão única e bem-reproduzida nos filmes de Allen, Manhattan foca encontros e desencontros amorosos na frenética vida da ilha. O diretor interpreta Isaac Davis, que tenta solucionar alguns conflitos amorosos e discute com sua namorada mais jovem (Mariel Hemingway) e amigos idéias sobre a vida e dramas pessoais em bares noturnos, restaurantes e ruas de Nova York.

Dorminhoco (1973) é uma comédia amalucada e um tanto quando histérica, porém divertida. Woody Allen interpreta um saxofonista que foi congelado em 1973 e volta à vida 200 anos depois para tentar derrubar o governo opressor. Mas, antes de começar a lutar, o saxofonista quer conhecer este novo mundo e acaba se metendo em diversas confusões. Curiosidade: ao escrever o roteiro do filme, Woody Allen confirmou a possibilidade real das idéias científicas em um único almoço com o físico Isaac Asimov. Um dos sete filmes dirigidos por Allen e protagonizados por Diane Keaton.

Muito antes de inventarem o termo "mocumentário", que seria um assunto ficcional filmado como se fosse um documentário, Woody Allen dirigiu Zelig (1984). Trata-se do pseudo-documentário sobre a vida de Leonard Zelig (Woody Allen), conhecido como o homem-camaleão, por ter o dom de transformar a aparência para agradar as outras pessoas. O personagem conhece uma porção de pessoas famosas na medida em que o documentário o acompanha, como Babe Ruth, durante os anos 20. O filme recebeu duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Fotografia e Melhor Figurino, e duas indicações ao Globo de Ouro, como Melhor Filme e Melhor Ator (Woody Allen) para Comédia/ Musical.

O cinema de Woody Allen é muito bem caracterizado. Afinal, ele já está fazendo filmes há quarenta anos. Dessa forma, o nome do diretor tornou-se quase um gênero cinematográfico. Diálogos ácidos e espertos, personagens histéricos e locações nova-iorquinas são características dos filmes de Allen. Ou melhor, eram. Pelo menos é isso que Match Point pareceu sinalizar quando foi lançado, em 2005, não apenas pela mudança do cenário da cidade norte-americana à capital inglesa, mas também por toda a construção da trama e dos personagens. Neste trabalho, Allen mostra seu lado Alfred Hitchcock e trabalha pela primeira vez com sua nova musa, Scarlett Johansson.

Woody Allen revive uma vida de crime no divertido Trapaceiros (2000). Allen é Ray Winkler, um homem casado com a stripper Frenchy (Tracy Ullman, indicada ao Globo de Ouro). Ray e seus amigos planejam roubar um banco fazendo um túnel a partir de uma loja vizinha. Como "fachada", sua esposa abre uma loja de cookies em frente, enquanto o atrapalhado Ray cava o túnel atrás da loja. Só que, ao contrário do plano, a loja faz muito sucesso e eles ganham muito dinheiro abrindo franquias por todo mundo. E enquanto Ray quer ficar tranquilo em Miami, Frenchy quer entrar para a alta sociedade com a ajuda de David (Hugh Grant).

Para Roma com Amor é o novo longa de Woody Allen que estreia nesta sexta-feira (29). Para essa produção, o diretor apostou em um elenco de peso e trouxe a bela Penélope Cruz e o galã Alec Baldwin para serem as estrelas do filme ao lado dos   talentosos   jovens Jesse Eisenberg e Ellen Page, além do experiente ator italiano Roberto Benigni.

Meia-Noite em Paris é uma das obras-primas do cineasta e foi o primeiro filme de Woody Allen com intervenções digitais. De acordo com o diretor, ele testou os novos recursos pra ver se gostava o suficiente para usar em futuros filmes. Longa de abertura do Festival de Cannes 2011, a produção venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro e o Oscar 2012 de Melhor Roteiro Original.

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