O importante significado das cores no Cinema
No cinema, a combinação do uso de cores com elementos como trilha sonora, enquadramentos e movimentos de câmera é capaz de transportar o público para dentro ou para fora de sua própria realidade.
Os mais diversos tons utilizados pelos cineastas têm significados e representam conceitos gerais, porém, se forem usados como um recurso que completa a narrativa podem retratar sentidos diferentes para o público.
As cores já percorreram um longo caminho pela história do Cinema. Consideradas hoje um elemento básico de qualquer produção, elas exigiram muito investimento e trabalho.
Pensando nisso, analisamos o grande significado das cores e a importância do uso delas para a sétima arte:
Uma breve história sobre o trajeto da cor pelo Cinema
A primeira vez que o público teve acesso a uma imagem projetada que dava sensação de movimento foi quando os irmãos Meliés usaram um cinematógrafo (uma espécie de versão aperfeiçoada do cinetoscópio) para filmar paisagens e mostrar um trem chegando em uma estação (A Chegada do Trem na Estação, 1896).
Embora isso fosse um grande avanço para a época, os espectadores só começaram a dar mais atenção ao Cinema quando os Meliés começaram a trazer histórias literárias para o Cinema, como o clássico Viagem à Lua (1902).
A falta de recursos tecnológicos daquele período estimulava a criatividade para se chegar em algum tipo de solução. Os primeiros filmes coloridos eram pintados à mão por operários, o que dava muito trabalho à medida que as produções foram ficando maiores.
O método conhecido como Tintagem consistia em tingir as películas de cores uniformes e cada cor deveria simbolizar algum conceito ou função. Por exemplo, o verde servia para mostrar paisagens, enquanto o azul para indicar que aquela cena se passava durante a noite, já o vermelho era usado para representar o fogo (cenas de incêndio).
Parece extremamente trabalhoso só de pensar, não é verdade? Mas isso deixa bem claro que as cores sempre foram um complemento narrativo para o Cinema.
A simbologia das cores no Cinema: paixão e sofrimento
Mais adiante, entre as décadas de 1940 e 1950, a cor começou a ser usada com tanta intensidade nos filmes que se tornaram um artifício para retratar personalidades e sentimentos, artifício, inclusive, que se popularizou bastante e, até hoje, é uma ferramenta muito poderosa nas mãos de diretores que sabem o que estão fazendo.
Em Moulin Rouge (1952), dirigido e roteirizado por John Huston, o vermelho serve para intensificar a paixão. Em Precisamos Falar sobre o Kevin (2011), Linne Ramsay abre o leque de possibilidades e usa o vermelho para dar ênfase a sentimentos que vão desde luxúria a desconforto, e o azul tanto para apatia e depressão quanto para alívio e paz, causando uma mistura de sensações no espectador.
O vermelho, muitas vezes, é usado para realçar a paixão
O vermelho dá intensidade ao sofrimento silencioso de Eva (Tilda Swinton)
O uso dos tons terrosos nos filmes de Wes Anderson
A simbologia das cores no Cinema: conforto e alívio
O descolado Wes Anderson tem como uma de suas assinaturas o uso dos tons terrosos nas paletas de cores de seus filmes. O diretor utiliza a ferramenta para causar uma impressão de que as tramas se passam sempre no outono, remetendo a sentimentos de aconchego e tranquilidade. É como se a identidade visual de seus filmes usasse um filtro sépia.
Assim, mesmo diante de reviravoltas, ou quando os personagens passam por desafios, a experiência permanece sendo leve, divertida e, de certa forma, nostálgica.
Com o avanço da tecnologia no Cinema e o aumento da resolução de imagem das telas, as possibilidades de uso das cores só tendem a aumentar. Para nós, espectadores, cabe apreciar a magia que elas nos proporcionam.
Cores dizem muito
O uso dos diálogos é a maneira mais comum dos cineastas expressarem os sentimentos de seus personagens. Mas a grandiosidade do audiovisual está justamente no complemento das imagens, que ao longo dos anos se tornou mais presente nas narrativas. Assim as cores têm o papel importante de despertar no público variados sentimentos, dando mais vida às obras.
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