Os 10 personagens mais neuróticos de Woody Allen

Após perder sua fortuna em maus investimentos, Jasmine (Cate Blanchett) se vê obrigada a encarar a uma vida suburbana e morar com sua irmã Ginger (Sally Hawkins). Diante da realidade muito mais modesta, regada a remédios de tarja-preta, tudo o que a personagem deseja é sair da nova casa e evitar que seu colapso nervoso se transforme em uma tragédia maior.  Blue Jasmine   é o mais novo retrato da excentricidade dos personagens de Woody Allen.

No maior triunfo de Woody Allen no Oscar, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa traz um dos personagens mais emblemáticos (quiçá autobiográfico) da carreira do diretor. A trama acompanha a fracassada história de amor entre o intelectual inseguro Alvy e a modernosa Annie, que com sua simplicidade consegue encarar mais claramente o desenvolvimento de seu encontro com o comediante. Enquanto isso, ele passa todo o nervoso possível ao lado da amada, é claro.

Em Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos , Gemma Jones dá vida à sensível Sally, uma mulher na terceira idade que é abandonada pelo marido, com quem foi casada durante quarenta anos, e que se envolve com uma ex-prostituta muito mais jovem. Em busca de conforto, Sally se entrega às duvidosas previsões de uma cartomante charlatã e ao efeito anestésico do álcool.

A pacata dona-de-casa Cecília (Mia Farrow) encontra no cinema a fuga de sua dura realidade, envolta pela Grande Depressão Econômica e um cruel e vagabundo marido que vive às suas custas. Apaixonada pela sétima arte, a garçonete de A Rosa Púrpura Do Cairo passa a ver o astro de cinema interpretado por Jeff Daniels em um de seus filmes favoritos sair da tela e ganhar vida, com quem dá início a um fantasioso romance.

Na dupla crítica à sociedade burguesa e às altas rodas que orbitam o mundo das artes, Vicky Cristina Barcelona revela uma das personagens mais histéricas da obra de Woody Allen. Escandalosa e encantadora, a unânime Maria Helena (Penélope Cruz) persegue o ex-marido Juan Antonio com a sombra de sua genialidade artística e as lembranças do romance tórrido que continua os unindo. Eternamente presa entre a quase glória e a quase morte.

Em Manhattan , quem leva o grande troféu descontrole da história não é nem a jovem secundarista Tracy (Mariel Hemingway), nem a envolvente Mary Wilke de Diane Keaton. O grande absurdo da saga amorosa de Isaac Davis é legado pela personagem Jill (Meryl Streep), a ex-esposa lésbica do protagonista que, mesmo após abandoná-lo, publica um livro autobiográfico com detalhes sórdidos de seu antigo relacionamento.

Rabugento e prepotente, Boris Yellnikoff é um ex-professor da Universidade de Columbia que se considera o único ser humano capaz de compreender a insignificância das aspirações humanas e o caos do universo. Neurótico, óbvio. Até que dá de cara uma jovem simples e culturalmente modesta. Não precisa nem dizer a que nível de estresse Yellnikoff se encontra no desenrolar desta relação, né? Este é o drama de Tudo Pode Dar Certo .

Desconstruindo Harry acompanha o retorno de um escritor à universidade que o expulsou no passado e agora lhe presta um tributo. Ironicamente vingado, Harry Block retoma detalhes de seu passado que já não o incomodam mais. Acontece que para chegar até aí, ele precisou fracassar em três casamentos e se consultar com nada menos do que seis psicanalistas.

Em Match Point , Woody Allen testa os limites da ação humana diante de um grande desejo através do protagonista Chris, (Jonathan Rhys-Meyers), ex-jogador de tênis profissional cuja obsessão de ascender socialmente é ameaçada pela paixão por Nola (Scarlett Johansson), uma bela mulher que namora seu amigo Tom (Matthew Goode).

Representação perfeita do gênero mocumentário (filme de ficção apresentado como documentário), Zelig acompanha a trajetória do peculiar Leonard, um homem cujo principal traço é se apropriar das características das pessoas que o cercam, seja física e psicologicamente. Apelidado de "Homem-Camaleão", Leonard inspira filmes em Hollywood enquanto tem sua mente estudada por uma interessada doutora.