CANNES 2010: Itália escorrega na corrida pela Palma de Ouro
O melodrama La Nostra Vita, do diretor italiano Danielle Luchetti (Meu Irmão é Filho Único), conta a história de Claudio (Elio Germano), que vive de forma simples e feliz com sua família até que a perda da mulher faz com que o jovem empreiteiro perca o chão. A nova perspectiva e o desmoronamento emocional levam Claudio a escolhas profissionais questionáveis para aprender a criar seus três filhos sozinho.
Apesar de ter sequências bonitas e alguns diálogos bons, o longa-metragem é previsivel na dramaturgia dos personagens e no encadeamento do roteiro. Segue o padrão clássico de viradas na trama: apresenta ao público os personagens e sua relações atuais, mas, quando um acontecimento muda tudo, o protagonista é testado, se dá mal para, então, achar o seu caminho ou o caminho possível diante da nova realidade.
Sinceramente, é um dos mais fracos da competição. O que me fez pensar no segundo concorrente francês à Palma de Ouro, o épico histórico La Princesse de Montpensier, provavelmente selecionado para cumprir a cota anual de três ou quatro produções do país que selecionadas para o festival.