Festival do Rio: Fala comigo, de Felipe Sholl, é o grande vencedor
Fala Comigo, filme do estreante em longas Felipe Sholl, foi o grande vencedor da 18ª edição do Festival do Rio. A cerimônia foi realizada na noite deste domingo, no BNDES, no Centro. O filme levou os troféus Redentor de Melhor filme de ficção e de Melhor atriz, para Karine Teles.
O longa é uma mistura de drama e comédia romântica e acompanha um adolescente de 17 anos (Tom Karabachian) que adora ligar para as pacientes da mãe (Denise Fraga), uma psicóloga, e se masturbar enquanto escuta a voz do outro lado.
"É o primeiro longa de ficção de muita gente na equipe. Vivemos um momento difícil para o Brasil e espero que o filme faça a pequena parte dele para tornar o país menos conservador ", declarou o cineasta ao receber o troféu Redentor, neste domingo.
O discurso da vencedora como melhor atriz ainda teve tom político. "Falar 'primeiramente, fora, Temer' não é apenas uma questão política. É falar de uma vontade de que o país não retroceda. Fora o retrocesso, o conservadorismo, o ódio. Estamos falando de arte, da vontade das pessoas viverem suas verdades. Esse filme fala de amor", disse Karine Teles.
Nas outras categorias, destaque para A Luta do Século, de Sérgio Machado, considerado o melhor documentário, confirmando o seu favoritismo. Outro grande vencedor foi o filme Mulher do pai, que levou três troféus pra casa.
Por usa vez, o júri popular elegeu Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé, como o melhor longa de ficção, e Divinas divas, de Leandra Leal, o melhor documentário.
Esse ano, o Festival do Rio deste ano recebeu cerca de 200 mil espectadores, segundo a organização.
Confira os Vencedores do Festival do Rio 2016:
Première Brasil:
Melhor longa-metragem de ficção
Fala comigo, de Felipe Sholl
Melhor longa-metragem de documentário
A luta do século, de Sérgio Machado
Melhor curta-metragem
O estacionamento, de William Biagioli
Menção Honrosa curta-metragem
Demônia, um melodrama em 3 atos, de Fernanda Chicollet e Cainan Baladez
Melhor direção de ficção
Cristiane Oliveira por Mulher do pai
Melhor direção de doc
Sérgio Oliveira por Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos
Menção Honrosa direção de documentário
Marcos Prado, por Curumim
Melhor atriz
Karine Teles por Fala comigo
Melhor ator
Nelson Xavier, por Comeback e Julio Andrade por Redemoinho e Sob Pressão
Melhor atriz coadjuvante
Verónica Perrotta por Mulher do pai
Melhor ator coadjuvante
Stepan Nercessian por Sob pressão
Melhor fotografia
Fernando Lockett por Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos e Heloisa Passos por Mulher do pai
Melhor montagem
Marcio Hashimoto por Era o Hotel Cambridge
Melhor roteiro
Martha Nowill e Charly Braun por Vermelho russo
Prêmio especial do júri
Redemoinho, de José Luiz Villamarim
Novos Rumos:
Melhor filme
Então morri, de Bia Lessa e Dany Roland
Melhor curta
Não me prometa nada, de Eva Randolph
Prêmio especial do júri
Deixa na régua, de Emílio Domingos
Menção Honrosa
Layla Kayã Sah pela atuação (Janaína Overdrive, de Mozart Freire)
Voto popular:
Melhor longa ficção
Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé
Melhor longa documentário
Divinas divas, de Leandra Leal
Melhor curta
Demônia, um melodrama em 3 atos, de Fernanda Chicollet e Cainan Baladez
Prêmio da crítica FIPRESCI:
Viejo Calavera, de Kiro Russo
Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé
Prêmio Felix:
Melhor longa ficção
Rara (Estranha), de Pepa San Martin
Melhor longa de doc
Divinas divas, de Leandra Leal
Prêmio Especial do Júri
Love snaps, de Daniel Ribeiro e Rafael Lessa
Prêmio Suzy Capó Personalidade Felix de 2016
Lea T
Mostra Geração:
Vencedor do júri popular
Bruxarias brujerías, de Virginia Curiá - Animação/ Espanha / Brasil