Massacre de Nanking inspira filmes
No 70º aniversário da invasão de 1937, pelo menos seis filmes relatam a ocupação da capital chinesa no tempo da guerra, Nanking, pelas tropas japonesas. Os trabalhos estão em etapas diversas de produção e serão completados nos próximos meses nos Estados Unidos, China e Hong Kong.
O primeiro filme a estrear na China foi Nanking, documentário de produção norte-americana que mostra o comportamento dos soldados japoneses, por meio de relatos de testemunhas e imagens históricas. O longa deve estrear em dezembro nos EUA.
Richard Kwang, produtor do ainda inédito Nanking Xmas 1937, disse que seu projeto não destacará os aspectos mais sombrios da humanidade, mas o amor dos missionários ocidentais que optaram por ficar em Nanking para ajudar os sobreviventes. A produção é de Hong Kong.
Outros filmes incluem uma co-produção entre China, EUA e Grã-Bretanha, baseada no best seller de Iris Chang, The Rape of Nanking. O cineasta canadense Bill Spahic relatará a história de Chan, em um documentário que tem lançamento previsto para dezembro. Outra produção é do diretor chinês Lu Chuan, que recebeu aprovação de Pequim para começar a rodar Nanking! Nanking!.
Mas, como o tema continua a dividir opiniões, um documentário japonês respaldado por figuras nacionalistas pretende negar que tenha ocorrido qualquer massacre. A China diz que as tropas japonesas massacraram 300 mil homens, mulheres e crianças. Um tribunal das forças aliadas, após a Segunda Guerra Mundial, estimou os mortos em 142 mil e encontrou evidências de 20 mil estupros. Alguns historiadores japoneses de direita consideram esses números exagerados e estimam que foram mortos 20 mil soldados e civis. Outros chegam até a negar que tenha ocorrido um massacre.