Mensagens subliminares que você não percebeu em 'Ilha do Medo'
O filme de Martin Scorsese traz a clássica maneira do diretor de deixar o espectador totalmente vulnerável à verdade por trás de cada detalhe.
Ilha do medo, que completa 12 anos de lançamento no Brasil neste sábado (12), é um thriller de horror que traz Leonardo Dicaprio como detetive Teddy Daniels. Ele é encaminhado a investigar o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston.
Com uma trilha sonora impecável e uma construção de personagem invejável, Martin Scorsese foca no caminhar de uma investigação incansável de Teddy Daniels. No final, entretanto, o roteiro contém uma reviravolta que surpreende o espectador com um plot twist de toda a investigação.
Você sabia que, na realidade, já era possível identificar esse final surpreendente? Aliás, Scorsese deu várias dicas de suposição.
Confira três delas:
Teddy Daniels sempre está na cena
Martin Scorsese deixa claro, desde o primeiro minuto, que o filme vai ser apresentado a partir da perspectiva do personagem. Ou seja, NADA que ocorre no filme tem a ausência de Teddy Daniels, e isso é visto a todo o momento em filmes que contém um plot twist final, como por exemplo, Clube da luta, de 1999.
A primeira cena dizia tudo
Na primeira cena do filme, quando Teddy Daniels aparece no navio enjoado, o diretor faz questão que o protagonista olhe diretamente para a câmera, assim, transmitindo a ideia de quebra da quarta parede, outro indício muito utilizado que simboliza a loucura. Isso é comum quando querem apresentar alguém que, no fundo, não é o que imaginamos.
O tratamento do personagem
Outro indício interessante usado na narrativa é o tratamento psicológico pelo qual o personagem estava passando. Esse tipo de tratamento se chama Psicodrama, que é basicamente relacionada a uma encenação. O objetivo é a exploração da psique humana e seus vínculos emocionais, no intuito de desenvolver os sentidos psíquicos da própria pessoa.