Trama feminista faz de 'Thelma e Louise' um clássico atemporal
O clássico Thelma e Louise, dirigido por Ridley Scott em 1991, se tornou um dos mais importantes da década e até hoje é consagrado pelo público por suas cenas inesquecíveis.
Na trama, Thelma e Louise são duas melhores amigas que decidem embarcar em uma pequena viagem para fugir do tédio, mas acabam em uma longa fuga da polícia depois matam um estuprador no caminho.
Estrelada por Susan Sarandon e Geena Davis, a produção completa 30 anos de lançamento neste dia 15 de novembro e, por isso, pontuamos seis motivos pelos quais você precisa ver (ou rever) esse grande clássico do cinema.
Trama feminista
Estamos falando de 1991, década em que o feminismo já era abordado, claro, mas com menos frequência com a qual vemos atualmente. Na época, a trama de Thelma e Louise trouxe diversos elementos importantes para a discussão da temática. O abuso sexual e a violência contra a mulher são os grandes focos da história e ampliaram as discussões ao longo dos anos. A dupla, ao fugir desses grandes abusos e assédios dos homens que a cercam, assume uma independência feroz indo de encontro a aquilo que acredita para sua própria felicidade.
Clássico atemporal
Embora tenha 30 anos de existência, o longa conseguiu se tornar atemporal exatamente por aquilo que citamos no tópico acima: liberdade feminina. Alguns longas da mesma época ficaram marcados por, infelizmente, inserirem a submissão da mulher perante os homens e acabaram "envelhecendo mal", por assim dizer. Porém, assistir Thelma e Louise atualmente só nos faz enxergar como a produção sempre esteve à frente do seu tempo e apontou uma temática atemporal e relevante de ser discutida.
Cenas improvisadas
Quem aí lembra da tomada final do longa, aquela em que Louise (Susan Sarandon) beija Thelma (Geena Davis) em forma de despedida? Esse beijo que surpreendeu os espectadores na época não estava no roteiro e foi improvisado pela dupla de atrizes. Segundo uma entrevista de Sarandon, ela alinhou com Davis como deveria ser a cena que se tornou uma das mais emblemáticas do longa. O diretor Ridley Scott acabou sendo surpreendido positivamente com o gesto de carinho entre elas e manteve o momento íntimo das duas no corte final.
Primeiro longa de destaque de Brad Pitt
Se hoje Brad Pitt é um dos maiores nomes de Hollywood, é porque Thelma e Louise abriu as portas para o ator mostrar seu talento e beleza nas telonas! Em seu primeiro papel de destaque, Pitt viveu JD, um ladrão com pose de carismático que se envolve com Thelma e acaba dando um golpe na dupla de amigas. Em entrevistas, o ator já revelou o quão grato é por ter tido essa oportunidade nos cinemas!
Amizade permaneceu
Uma das coisas mais comuns dos sets de filmagens é a formação de amizades entre os membros do elenco. Por passarem tantos meses juntos, eles costumam virar uma grande família! Isso aconteceu com Davis e Sarandon, que se tornaram amigas fora das telonas e mantém essa relação próxima até dias atuais. Neste ano, em celebração aos 30 anos de lançamento do longa dos EUA, elas se reencontraram e recriaram o icônico beijo!
Ridley Scott
Não tem como deixar de fora dos motivos a marcante direção de Ridley Scott, renomado cineasta britânico que costuma trazer às telonas longas que se tornam grandes clássicos. O diretor comandou com determinação e autenticidade o roteiro escrito por Callie Khouri e consagrou Thelma e Louise como um dos trabalhos mais emblemáticos de sua carreira. Entre outros longas de Scott estão Gladiador, Falcão Negro em Perigo, Perdido em Marte e, recentemente, O Último Duelo.