Há 13 anos, 'Dragon Ball' decepcionava milhões de fãs no cinema
Parece que nenhum tempo do mundo é suficiente para esquecermos o fracasso que foi Dragonball Evolution, live-action da famosa franquia japonesa. O longa lançado em 09 de abril de 2009 foi uma vergonha completa e, obviamente, foi um fracasso de bilheteria por isso.
O filme arrecadou, apenas, US$ 55 milhões no mundo. Com custo de US$ 30 milhões só de produção, sem contar distribuição e marketing, o longa gerou prejuízo ao estúdio Fox. O grande motivo para isso? Desrespeito ao material de origem e personagens sem carisma.
Essa é uma adaptação vergonhosa do anime, na qual até o cabelo de Goku (Justin Chatwin), o amado protagonista da franquia, é motivo de risos. Sem falar que a atuação de Chatwin é patética, principalmente em cenas supostamente dramáticas. Triste para dizer o mínimo.
Com uma trama simplificada ao extremo, a história mostra como Goku descobre a existência das sete esferas do dragão e promete ao seu avô, no leito de morte, que irá encontrá-las e impedir que Piccolo (James Masters) as reúna e tenha o poder absoluto do universo. Uma tentativa de trazer a história de Dragon Ball Z, série televisiva de 1990, aos cinemas.
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A complexidade dos personagens, especialmente o passado de Goku, é risória. O humor exagerado do Mestre Roshi até é fiel devido à versatilidade de Yun-Fat Chow (O Tigre e o Dragão), mas não fica tão bom num live-action.
A importante cena de aprimoramento da técnica kame hame ha, a única possível para derrotar os planos maléficos de Piccolo, poderia ter sido melhor desenvolvida.
Produzido com pouco cuidado e nada de criatividade, Dragonball Evolution não tem a magia que tornou o material original tão famoso. Sem levar em conta as comparações com Dragon Ball que conhecemos, o filme é uma ficção científica misturada com fantasia sem graça e sem nada memorável.
Apesar disso tudo, é triste dizer que seu maior defeito é ser entediante do começo ao fim. Ao ser vergonhoso, ainda poderia render risadas que valiam o tempo ao lado de amigos, mas nem isso o filme consegue. E nem vou comentar sobre o whitewashing, a mania de Hollywood escalar atores brancos para papéis orientais, porque esse tema poderia render um texto inteiro.
É mais uma prova de que os cineastas ocidentais não são capazes de captar a essência das obras orientais quando se trata em adaptar essas obras para o mercado ocidental. Uma pena.
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Veja, se tiver coragem
Se tiver coragem mesmo de ver ou rever essa pérola, o filme está disponível no Star+.