Saiba tudo sobre 'O Poderoso Chefão', obra-prima de Coppola
Um dos maiores clássicos do cinema mundial, O Poderoso Chefão completa 50 anos em 2022! A trilogia, que destrincha a vida íntima de uma família mafiosa de Nova York e os dramas do submundo do crime, marcou a história da sétima arte, influenciando longas-metragens por todo o mundo, de thrillers policiais e subgêneros de suspense a dramas familiares.
O segundo filme lançado em 14 de fevereiro de 1975 aqui no Brasil completa 47 anos nesta segunda-feira.
Para os que ainda não conhecem ou sabem pouco sobre a obra-prima de Francis Ford Coppola, o Cineclick separou tudo o que você precisa saber sobre a trilogia.
Origem
Em 1969, o escritor norte-americano Mario Puzo publica, pela primeira vez, um romance fictício sobre uma família ítalo-americana de mafiosos.
O mundo então é apresentado à família Corleone e aos principais protagonistas da narrativa: Vito Andolini (que mais tarde se tornaria Vito Corleone, adotando o nome da região onde nasceu, na Itália) e seus filhos Michael, Santino, Connie, Alfredo e Tom Hagen.
No controle de negócios escusos como jogatinas ilegais, subornos, prostituição e lavagem de dinheiro, a família divide o poder com outros grupos rivais: Tattaglia, Cuneo, Barzini e Stracci. Com a chegada dos entorpecentes no mercado ilegal, as famílias passam a digladiar entre si pelo controle do crime e respeito dos inimigos.
O livro ganhou reconhecimento imediato, vendendo milhões de cópias por todo o mundo, sendo considerado o precursor da representação da máfia italiana na literatura.
Adaptação no cinema
Por incrível que pareça, a escolha de Coppola para dirigir o longa não foi tão óbvia assim. Outros nomes foram cogitados para o trabalho, como Sergio Leone e Costa Gravas, mas todos recusaram a oportunidade.
Foi então que o produtor-chefe dos estúdios da Paramount, Robert Evans, ofereceu a chance a Coppola, na época com 31 anos de idade.
Apesar da grande oportunidade, o diretor ítalo-americano tinha receio de fazer um trabalho que reforçasse estereótipos negativos do povo italiano. Mesmo assim, Coppola aceitou o desafio e criou não somente três filmes sobre a máfia italiana, mas sobre as tragédias que acometem os membros de uma família envolvida com o crime.
Premiações
Com atuações icônicas de atores consagrados como Marlon Brando, Al Pacino, Robert Duvall e Diane Keaton, o primeiro longa, lançado em 1972, ganhou 3 Oscars, incluindo de melhor ator para Marlon Brando, consolidando sua vasta carreira no cinema.
O segundo filme teve sua estreia em 14 de fevereiro de 1975 aqui no Brasil e trouxe uma narrativa diferenciada sobre a vida de Don Vito, interpretado por Robert DeNiro, e a tomada de poder de seu filho Michael, interpretado por Al Pacino. O longa angariou 6 estatuetas, incluindo de melhor ator para DeNiro, que ainda iniciava sua carreira como ator.
Desromantização da vida no crime
Apesar de reinventar a figura do mafioso no cinema, originando quase todos os signos presentes em "filmes de máfia" que conhecemos, Coppola cumpriu o que se propôs a fazer: não levantar expectativas ilusórias sobre o mundo do crime.
pesar de toda a elegância do longa e seus personagens, os filmes caminham em uníssono na direção da traição e da morte, sempre presentes nos três longas.
O terceiro e último filme fecha o ciclo em 1990, marcando a história da sétima arte e o imaginário social do que é a máfia e as reais conseqüências na vida de seus membros.