Zé do Caixão volta às telas em agosto
Foram necessários 40 anos para José Mojica Marins, o Zé do Caixão, lançar o terceiro filme de uma trilogia, formada por À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964) e Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967). Em fase final de produção, a aguardada seqüência A Encarnação do Demônio, uma superprodução do terror, deve estrear em agosto deste ano.
Com o maior orçamento de toda sua filmografia, Mojica garante que o longa-metragem não conta com efeitos especiais, mas oferece inovações para os fãs da série. A equipe técnica, que antes se limitava a uma dezena de pessoas, agora conta com profissionais de alto escalão: 70 pessoas trabalham atrás das câmeras e mais mil figurantes vestem as roupas especialmente desenhadas para o filme.
Zé do Caixão também mudou sua vestimenta para A Encarnação do Demônio. Agora, seus trajes são desenhados pelo estilista Alexandre Herchcovitch, que modernizou algumas peças características do personagem, como sua tradicional cartola.
As mudanças no estilo do longa-metragem, porém, param na vestimenta e na quantidade de membros da equipe. Para não espantar o público fiel e manter o clima dos filmes mais antigos, o filme foi rodado em película de 35 mm, à moda antiga. Segundo José Mojica Marins, as mudanças devem ser suaves na parte técnica e surpreendentes em cena.
Definido pelo próprio autor como "festival de sadismo", A Encarnação do Demônio contará com as atuações do diretor teatral Zé Celso, como Anticristo, e da iniciante Leny Arc, que topou o desafio de ser jogada no meio de três mil baratas.